Por: Faustino Cortez, Especialista em Infraestruturas.
A visão do Executivo angolano na concepção e consequente materialização (em fase de implementação) do primeiro projecto a nível nacional, no domínio da agricultura comercial PDAC (Projecto de Desenvolvimento da Agricultura Comercial), é sem sombra de dúvidas uma aposta ganha, para os diversos players que de forma directa ou indirecta têm aproveitado ao máximo esta janela aberta ao mundo do agronegócio.
É desta janela aberta ao mundo do agronegócio, que os vários sectores do saber têm emprestado as suas valências, funcionando de forma articulada para o alcance da tão desejada e esperada diversificação da economia angolana, assente no sector agrícola nacional.
Neste emaranhado de saberes e oportunidades, a arte de engendrar desliga o botão do complicador natural, criando e implementando projectos de infraestrutura viárias, rede eléctrica, barragens, edifícios, canais de irrigação, pontos de abastecimento de água e afins.
É notória a força, bravura e determinação espelhadas no rosto dos agricultores que com alegria desbravam e preparam terras (aráveis por natureza e em muitos casos abraçados por longos e caudalosos rios, riachos, lagos e lagoas), lançam sementes, colhem e armazenam (?), para posterior inserção no mercado. Sendo esta uma realidade amplamente vivenciada (no contexto angolano), que demostra clara descontinuidade (quebra em muitos casos) no ciclo da cadeia produtiva no sector agrícola (produção, escoamento, logística e distribuição), serviu de mola impulsionadora à implementação do PDAC, que de forma tímida (afectada por factores exógenos, como a COVID 19) mas segura tem em curso grandes projectos, em fase de construção (empreitada de reabilitação do perímetro irrigado de Cacála e Coreia 1, na província do Cuanza Norte) e estudos (elaboração dos projectos para construção do perímetro irrigado de Cauá, na província do Cuanza Sul).
Este reforço na implementação de infraestruturas integradas, com realce as vias de comunicação, impulsionarão em grande escala as trocas comerciais entre o campo (zonas de produção) e os centros urbanos (zonas de consumo), desafiando, no bom sentido da palavra os produtores ao aumento da produção e consequente incremento financeiro. Deste modo, o conceito de infraestruturando para melhor colher, transformará pequenos produtores em grandes produtores, migrando da agricultura de subsistência “familiar”, para uma agricultura comercial “familiar” ou “empresarial”.
Naturalmente o contributo das infraestruturas no âmbito do PDAC não está limitado a construção de estradas, rede eléctrica, barragens e afins, pois busca-se o tão desejado binómio quantidade – qualidade e neste quesito há uma forte aposta na construção de laboratórios (no Instituto de Investigação Veterinária, na província do Huambo), estufas (Chianga, na província do Huambo) e Armazém de apoio a produção de café, na província do Cuanza Norte).
Pois é! Muitas questões surgirão… Será possível alcançar este ambicioso desejo de gerar “riqueza” no sector agrícola? Se sim, porquê razão, o sector tem sido pouco atrativo para os jovens?
Como já referido, no PDAC estas e outras questões têm respostas práticas e está convidado a visitar o nosso website (https://pdac.ao).
Ajude-nos a ajudar-te, preservando as infraestruturas públicas, pois elas são minhas, nossas e de todos nós.